Homem morre 14 dias após explosão em fábrica clandestina de fogos na Bahia; outro acidente no mesmo local matou dois irmãos
04/07/2025
(Foto: Reprodução) Vítima estava internada no Hospital Geral do Estado (HGE) desde o dia 20 de junho, quando ocorreu o fato, em Maragogipe, no Recôncavo. Homem morre após explosão em fábrica clandestina de fogos na Bahia
João Souza/ G1
Um homem morreu na madrugada desta sexta-feira (4), 14 dias após uma explosão dentro de uma fábrica clandestina de fogos de artifício, ocorrida em Maragogipe, no Recôncavo da Bahia. A informação foi confirmada pela prefeitura municipal.
Leandro Almeida Lima estava internado no Hospital Geral do Estado (HGE), referência em queimaduras, em Salvador. O homem trabalhava na fábrica quando aconteceu o acidente no dia 20 de junho.
Quatro dias depois, no feriado de São João, outra explosão deixou mais duas vítimas feridas. Eram os irmãos João Vitor de Jesus Batista, de 17 anos, e David Miguel de Jesus Batista, 25. Eles também foram tratados no HGE, mas não resistiram.
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explosão
MPT
Um deles morreu no dia 30 de junho e o outro na última quarta-feira (2). Na quinta (3), o Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT) divulgou a abertura de uma investigação sobre os casos.
Segundo o órgão. o inquérito foi instaurado para identificar o responsável pela fábrica clandestina e investigar as circunstâncias dos acidentes. No caso dos irmãos, um helicóptero chegou a ser utilizado para resgatá-los.
Apreensões de fogos clandestinos foram feitas em todo o estado
Apreensões fogos clandestinos foram feitas em todo o estado
Divulgação/PC-BA
Ainda segundo o órgão, uma série de ações foram realizadas em parceria com a Polícia Civil (PC), Departamento de Polícia Técnica, Exército e Superintendência Regional do Trabalho (SRT-BA) em 2025. No total, foram apreendidos 2,8 milhões de fogos ilegais e duas pessoas foram presas.
Além de Salvador, também foram apreendidos materiais clandestinos em cidades como Cruz das Almas, Santo Antônio de Jesus, Sapeaçu, Serrinha e Feira de Santana. As equipes ainda estiveram em outro ponto de produção ilegal, na cidade de Alagoinhas, onde cinco trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão.
No início de junho, mais de duas mil "espadas" — tipo de fogo de artifício — foram apreendidas na cidade de Cruz das Almas, no Recôncavo da Bahia. O material também foi encontrado em uma fábrica clandestina, que funcionava na zona rural da cidade.
Já no dia 19 de junho, próximo ao dia de São João, uma operação da Polícia Civil (PC) apreendeu 2,5 milhões de fogos de artifício clandestinos na Bahia. A apreensão bateu recorde, sendo a maior nos últimos 10 anos, quando a fiscalização foi iniciada.
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